Na escola, adolescentes fizeram uma roda ao redor de Rolliver, que foi empurrado, humilhado e chamado de gay, bicha, gordinho. Ao chegar em casa, o garoto cometeu suicídio. Pais culpam a escola.
No último dia 17 de fevereiro um garoto se suicidou na cidade de Vitória por não suportar o bullying homofóbico que sofria na escola. Rolliver de Jesus se enforcou com um cinto da mãe e foi encontrado desacordado pelo pai. Ele chegou a receber socorro, mas não resistiu.
“Eles o chamaram de gay, bicha, gordinho. Às vezes ele ia embora chorando“, contou um colega de Rolliver. De acordo com o site “Folha Vitória”, o menino deixou uma carta de despedida, onde dizia não entender porque sofria tantas humilhações.
A mãe do garoto, Joselia Ferreira de Jesus, já tinha informado à direção da escola e pedido a transferência dos seus três filhos, mas a escola informou que os irmãos teriam que ser separados e irem cada um para uma escola diferente. A mãe não aceitou a solução. “Eu não tinha denunciado a situação desse meu filho, mas de outro. O Conselho Tutelar também sabia. Eu pedi o remanejamento dos meus três filhos, mas disponibilizaram vagas em escolas diferentes”, lamentou a mãe.
Na sexta-feira antes do Carnaval, Rolliver foi animado para a escola, mas crianças e adolescentes fizeram uma roda ao redor do menino, que foi humilhado e empurrado. Chegando em casa, ele cometeu o suicídio.
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/02/menino-vitima-de-bullying-homofobico-se-enforca-com-o-cinto-da-mae-familia-nao-se-conforma.html
A Liga Brasileira de Lésbicas - LBL é uma expressão do movimento social que se constitui como espaço autônomo e não institucional de articulação política, anticapitalista, antiracista, não lesbofóbica, não homofóbica e não transfóbica. De âmbito nacional, é uma articulação temática de mulheres lésbicas e bissexuais, pela garantia efetiva e cotidiana da livre orientação e expressão afetivo sexual.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Escola impede travesti de usar banheiro feminino em Campo Grande e promotor apoia
Escola impede travesti de usar banheiro feminino em Campo Grande e promotor apoia
Reprodução de vídeo
Em Campo Grande, polêmica na escola estadual Joaquim Murtinho, no centro. Um aluno de 18 anos que se assumiu como travesti exige ser tratado por um nome feminino que adotou, inclusive nas chamadas de presença, quer usar banheiro das meninas e acusa o diretor e professores de preconceito por não lhe satisfazer as vontades. O assunto foi divulgado pelo programa do deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB) na TV MS Record que hoje de manhã entrevistou o promotor de justiça da Infância e da Adolescência, Sérgio Harfouche (ambos na foto). O representante do MP deixou bem claro que a direção da escola e professores estão corretos. Harfouche afirmou que o vale é a lei e lembrou que o Código Civil especifica que o sexo é definido "pela genitália" e que o nome que vale é o que está na certidão de nascimento. Para a pessoa mudar o nome ou de sexo, tem de haver todo um processo, tanto médico quanto judicial. "Enquanto a pessoa tiver genitália feminina deve usar banheiro feminino, quem tiver genitália masculina deve usar banheiro masculino", afirmou Harfouche, frisando que não tem meio termo. Para o promotor, errado seria "expor um universo de meninas" para atender a vontade de um aluno.
Pablo virou Isabelle e agora luta para usar banheiro feminino
Postado em: 18 fev 2013 às 18:20
O preconceito contra transgêneros: Isabelle chegou a parar de estudar, mas retornou e, com força de vontade, percorre todos os dias 15 quilômetros de bicicleta até a escola
Vamos a uma daquelas histórias repetidas, que poderiam ser resolvidas sem traumas, mas por conta das convenções ganha um valor enorme na vida de algumas pessoas. Resumidamente, há um ano Pablo virou Nell Isabelle e agora quer ser tratada como tal.
Os pedidos são simples, ser chamada pelo nome de menina na escola e poder usar o banheiro feminino no colégio Joaquim Murtinho, em Campo Grande. Antes de tentar, pediu autorização, mas a resposta foi "não".
Disseram que eu poderia constranger alguém se usasse o banheiro feminino. Isso me foi dito pela Direção. Preciso de documentos mostrando que me chamo Isabelle para ser chamada de Isabelle e preciso que os documentos constem 'feminino' para usar o banheiro", conta.
Na hora da chamada, apenas quatro professores utilizam o nome social de Nell. "Hoje, ao conversar com uma professora, ela concordou em me chamar pelo meu número", conta considerando uma evolução. Isso significa que no momento de Nell Isabelle, a professora dirá apenas "26" e o rapaz que virou moça passou a ser um número.
Com as colegas, a situação é mais tranquila, pelo menos entre as meninas, ninguém parece incomodada, garante. "Começamos as aulas semana passada, hoje uma garota veio puxar assunto comigo no intervalo e me apresentar para mais duas outras garotas da nossa sala."
No ano passado, aos 17 anos, já havia tentado estudar, mas era tão difícil aceitar ser chamada como homem que desistiu. "Até março do ano passado eu me vestia como menino e vivia isolado. Quando me assumi, desisti de estudar".
Esse é o maior problema para quem resolveu ser transgênero, diz a presidente da Associação de Travestis de Mato Grosso do Sul, Chris Steffany. "Tem muita menina que desiste, deixa de estudar porque é muito constrangedor. Elas têm uma identidade que não é respeitada", reclama.
Não há uma lei específica sobre o uso do nome social ou do banheiro. Apenas uma Comunicação Interna foi expedida há alguns anos, orientando diretores a respeitarem as solicitações das travestis matriculadas. "Mas a secretaria nunca teve pulso firme para cobrar isso", avalia Chris.
A presidente conta que, por meio da Associação, 20 pessoas de uma vez entraram com pedido judicial de mudança de nome na Carteira de Identidade, para evitar constrangimento. Mas mesmo quem não tomou essa atitude merece respeito, cobra Chris.
"Há uma lei estadual que impede qualquer constrangimento à travesti, sob pena de multa administrativa para funcionários públicos e até afastamento. Quem for constrangida, deve procurar o Ministério Público", recomenda.
A transformação
Nell estuda mesmo porque é guerreira. Todos os dias percorre 15 quilômetros de bicicleta até a escola. Sai de casa, na Coophavilla 2, às 5h30 para chegar cedinho e trocar a roupa no banheiro feminino, sem reclamações da diretoria.
Esquecer Pablo para assumir Nell demorou um tempo. "Eu tinha sandálias, há 1 ano e meio utilizava somente calcinha, havia abolido as cuecas de minha vida. Desde o dia 9 de janeiro de 2012 estava fazendo uso de hormônios".
Três meses depois resolveu falar sobre sua decisão aos avós, com quem morava junto do pai. "Então me assumi numa noite de sexta-feira para meus avós. Eles disseram que me amavam e que nada ia mudar. Pensei ter recebido certa aprovação, falsa aprovação. Meu pai já sabia parcialmente da situação e provavelmente meus avós intimaram ele a se mudar. Tínhamos casa própria, mas estava alugada. Da noite pro dia, cheguei em casa e meu pai disse que iríamos para nossa casa. Nos expulsaram por minha condição", lamenta.
O "batismo" como Isabelle é uma adaptação a Isabella, diz Nell. "Nome que minha mãe me daria se eu fosse menina. Detalhe: ela não demonstra aceitar a situação. Meu pai me trata no masculino, mesmo eu sendo uma 'garota', mas ele me respeita…quando todos disseram não, ele me acolheu para que eu não fosse pras ruas…".
Na sexta-feira passada, Nell foi ao Fórum buscar informações sobre os procedimentos em relação à postura da escola Joaquim Murtinho. "Mas fui informada que tenho de procurar a Defensoria Pública que só funciona de segunda a quinta."
Hoje, escreveu uma solicitação em tom formal que espera entrar à diretoria da escola, pedindo oficialmente o uso do nome social e do banheiro feminino. "Quando pararem de olhar a vida dos outros, se darão conta de seus problemas", resume Nell.
Na escola estadual Joaquim Murtinho, o diretor não foi encontrado para falar sobre o assunto.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
25/01/2013 - Mais de duas mil mulheres por dia registram queixa contra violência doméstica no Brasil
Sex, 25 de Janeiro de 2013 16:35
(Jornal Hoje) Diariamente, mais de duas mil mulheres registram queixa no Brasil contra a violência de seus maridos, namorados e companheiros. Em mais da metade dos casos, elas sofrem tentativa de homicídio. Só no primeiro semestre de 2012, o Disque Denúncia do Governo Federal prestou quase 390 mil atendimentos, quase 100 mil a mais do que no ano anterior.
Esse número pode ser bem maior, já que muitas vítimas não denunciam os agressores. As causas dos espancamentos são variadas e muitas vezes fúteis, mas predomina o ciúme e a não aceitação do fim do relacionamento.
Foi por não aceitar o término, que um motorista manteve a ex-mulher refém por quatro dias, na casa dela, em São Paulo. Na madrugada da última quarta-feira (23), quando os policiais invadiram o local, ele a matou a facadas.
Outro caso, também em São Paulo, foi registrado por uma câmera de segurança. Um homem atirou contra a ex-companheira, que foi atingida por vários tiros e morreu. Apesar da confissão do crime e de ter passagens pela polícia, o assassino vai responder em liberdade.
A empresária Luciana Silva sofreu com a violência do marido e, mesmo depois da separação, continuou sofrendo ameaças. "Eu casei com um príncipe que se tornou um sapo. Ele era um ‘gentleman’, ele seduziu a mim, a minha família, os meus amigos e foi se transformando em uma pessoa agressiva, agressiva com palavras, humilhações e chegou ao ponto de eu sair de casa escoltada pela polícia”, relata.
A empresária registrou 10 boletins de ocorrência contra o ex-marido. Na última terça-feira (22), ele foi preso em regime domiciliar. Mesmo com ele detido, Luciana afirma não ter perdido o medo.
Nem mesmo dentro de um hospital, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, uma mulher ficou protegida. O ex-marido de Fernanda, Rodrigo Moreira, disparou cinco vezes contra ela, que foi atingida na cabeça, mas sobreviveu. Ele foi preso.
A violência contra as mulheres acontece em todo o país. Em Maceió, só em janeiro deste ano já são 274 casos registrados. O problema é que a maioria desiste de levar o processo adiante. “Elas chegam dizendo que não querem ofender seus maridos, não querem prejudicá-los por questão de emprego, por conta de pedido dos filhos. Elas alegam vários pedidos para renunciar", afirma Paulo Zacarias, juiz de violência doméstica e familiar contra a mulher.
http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4260&catid=43
(Jornal Hoje) Diariamente, mais de duas mil mulheres registram queixa no Brasil contra a violência de seus maridos, namorados e companheiros. Em mais da metade dos casos, elas sofrem tentativa de homicídio. Só no primeiro semestre de 2012, o Disque Denúncia do Governo Federal prestou quase 390 mil atendimentos, quase 100 mil a mais do que no ano anterior.
Esse número pode ser bem maior, já que muitas vítimas não denunciam os agressores. As causas dos espancamentos são variadas e muitas vezes fúteis, mas predomina o ciúme e a não aceitação do fim do relacionamento.
Foi por não aceitar o término, que um motorista manteve a ex-mulher refém por quatro dias, na casa dela, em São Paulo. Na madrugada da última quarta-feira (23), quando os policiais invadiram o local, ele a matou a facadas.
Outro caso, também em São Paulo, foi registrado por uma câmera de segurança. Um homem atirou contra a ex-companheira, que foi atingida por vários tiros e morreu. Apesar da confissão do crime e de ter passagens pela polícia, o assassino vai responder em liberdade.
A empresária Luciana Silva sofreu com a violência do marido e, mesmo depois da separação, continuou sofrendo ameaças. "Eu casei com um príncipe que se tornou um sapo. Ele era um ‘gentleman’, ele seduziu a mim, a minha família, os meus amigos e foi se transformando em uma pessoa agressiva, agressiva com palavras, humilhações e chegou ao ponto de eu sair de casa escoltada pela polícia”, relata.
A empresária registrou 10 boletins de ocorrência contra o ex-marido. Na última terça-feira (22), ele foi preso em regime domiciliar. Mesmo com ele detido, Luciana afirma não ter perdido o medo.
Nem mesmo dentro de um hospital, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, uma mulher ficou protegida. O ex-marido de Fernanda, Rodrigo Moreira, disparou cinco vezes contra ela, que foi atingida na cabeça, mas sobreviveu. Ele foi preso.
A violência contra as mulheres acontece em todo o país. Em Maceió, só em janeiro deste ano já são 274 casos registrados. O problema é que a maioria desiste de levar o processo adiante. “Elas chegam dizendo que não querem ofender seus maridos, não querem prejudicá-los por questão de emprego, por conta de pedido dos filhos. Elas alegam vários pedidos para renunciar", afirma Paulo Zacarias, juiz de violência doméstica e familiar contra a mulher.
http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4260&catid=43
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Fwd: Diversidade sexual é respeitada nas escolas públicas estaduais do Paraná
Educação
Diversidade sexual é respeitada nas escolas públicas estaduais do
Paraná - 01/02/2013 18:02
A Secretaria de Estado da Educação tem se destacado como referência
nacional na implantação da Política Pública Educacional de Gênero e
Diversidade Sexual, em respeito à comunidade de lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e transexuais, que comemorou em 29 de Janeiro o
Dia da Visibilidade Trans (Travestis e Transexuais).
O Paraná atende travestis e transexuais acima dos 18 anos em todos os
estabelecimentos de ensino da Rede Pública Estadual de Educação Básica
e foi o primeiro estado a garantir que essas pessoas possam usar
somente o nome social em documentos escolares internos.
"A Secretaria da Educação alterou o sistema de registro escolar para
que as pessoas possam ter seu nome social respeitado nos documentos
escolares internos e que seu nome civil seja mantido sob sigilo",
explica a coordenadora da Educação das Relações de Gênero e
Diversidade Sexual do Departamento da Diversidade da Secretaria da
Educação, Dayana Brunetto.
O uso do nome social foi uma conquista dos movimentos sociais em
defesa dos direitos de travestis e transexuais, vítimas de exclusão,
desrespeito e/ou de violência no cotidiano. O objetivo é justamente
contribuir para a superação do preconceito e da discriminação, a fim
de garantir o acesso, permanência e condições igualitárias de
aprendizagem, bem como o direito constitucional à educação pública e
de qualidade a todas as pessoas.
No âmbito da Secretaria, essa medida possibilita abordagens
acolhedoras, inclusivas e respeitosas nos espaços escolares. Com isso
evitam-se situações vexatórias e é assegurado o direito a educação
pública de qualidade para todas as pessoas, atendendo à política
pública educacional de gênero e diversidade sexual da Secretaria da
Educação.
Dayana Brunetto, que também representa a secretaria e coordena a
Câmara Temática da Educação do Fórum Nacional de Gestoras/es de
políticas públicas para a população de lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais (Fonges LGBT), afirma que o Paraná também tem
a primeira secretaria estadual de educação no país a manter uma
coordenação específica para discutir essas temáticas, com equipe
estruturada, investimento, produção de material e planejamento e
execução de ações de formação em ação.
A nova diretora do Departamento da Diversidade, professora Marli
Peron, reafirmou o compromisso assumido pela Secretaria da Educação do
Paraná com os movimentos sociais e com os sujeitos na implementação da
política de Educação e Diversidade. "O diálogo permanente com os
movimentos sociais é fundamental para o reconhecimento, a valorização
e o respeito aos sujeitos da diversidade, para garantirmos o direito à
educação de qualidade para todas e todos. Assim vamos seguir sendo
referência nacional na política de gênero e diversidade sexual",
afirma ela.
FORMAÇÃO CONTINUADA - A ação da Secretaria da Educação nesta área
também é referência nacional em relação à formação de profissionais da
educação na temática das relações de gênero e diversidade sexual. As
ações formativas, que são propostas por meio do diálogo constante com
os movimentos sociais, promovem a discussão pedagógica sobre o
reconhecimento, a valorização e o respeito aos sujeitos das relações
entre os gêneros e a diversidade sexual.
As ações formativas também são pautadas para discutir a respeito do
preconceito e da discriminação direcionados a travestis e transexuais.
A secretaria orienta todos os estabelecimentos para que todos os casos
de preconceito e discriminação que venham a ocorrer contra pessoas
transexuais e travestis em estabelecimentos públicos estaduais de
ensino sejam registrados na Ouvidoria dos Núcleos Regionais de
Educação ou na Ouvidoria Geral.
DIRETRIZES CURRICULARES - A Secretaria também é responsável por
produzir as primeiras Diretrizes Curriculares Estaduais de Gênero e
Diversidade Sexual do país, que estão disponíveis em versão preliminar
no portal Dia a Dia Educação
(www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_edespecial.pdf).
Trata-se de um material pedagógico que representa um marco histórico
nas discussões e na proposição de políticas públicas educacionais de
Gênero e Diversidade Sexual. Esse documento se constitui em referência
nacional, considerando-se seu ineditismo.
PARA SABER MAIS - Normativas oficiais que instituem e orientam quanto
a utilização do Nome Social.
Instrução Conjunta nº 02/2010 – SUED/SEED/DAE
www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucaoconjunta022010.pdf
Orientação Pedagógica nº 01/2010 - DEDI/SEED
www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/orientacoes/orientacaopedagogica0012010.pdf
Parecer n° 01/2009 - CP/CEE
www.cee.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/Pareceres2009/CP/pa_cp_01_09.pdf
Diversidade sexual é respeitada nas escolas públicas estaduais do
Paraná - 01/02/2013 18:02
A Secretaria de Estado da Educação tem se destacado como referência
nacional na implantação da Política Pública Educacional de Gênero e
Diversidade Sexual, em respeito à comunidade de lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e transexuais, que comemorou em 29 de Janeiro o
Dia da Visibilidade Trans (Travestis e Transexuais).
O Paraná atende travestis e transexuais acima dos 18 anos em todos os
estabelecimentos de ensino da Rede Pública Estadual de Educação Básica
e foi o primeiro estado a garantir que essas pessoas possam usar
somente o nome social em documentos escolares internos.
"A Secretaria da Educação alterou o sistema de registro escolar para
que as pessoas possam ter seu nome social respeitado nos documentos
escolares internos e que seu nome civil seja mantido sob sigilo",
explica a coordenadora da Educação das Relações de Gênero e
Diversidade Sexual do Departamento da Diversidade da Secretaria da
Educação, Dayana Brunetto.
O uso do nome social foi uma conquista dos movimentos sociais em
defesa dos direitos de travestis e transexuais, vítimas de exclusão,
desrespeito e/ou de violência no cotidiano. O objetivo é justamente
contribuir para a superação do preconceito e da discriminação, a fim
de garantir o acesso, permanência e condições igualitárias de
aprendizagem, bem como o direito constitucional à educação pública e
de qualidade a todas as pessoas.
No âmbito da Secretaria, essa medida possibilita abordagens
acolhedoras, inclusivas e respeitosas nos espaços escolares. Com isso
evitam-se situações vexatórias e é assegurado o direito a educação
pública de qualidade para todas as pessoas, atendendo à política
pública educacional de gênero e diversidade sexual da Secretaria da
Educação.
Dayana Brunetto, que também representa a secretaria e coordena a
Câmara Temática da Educação do Fórum Nacional de Gestoras/es de
políticas públicas para a população de lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais (Fonges LGBT), afirma que o Paraná também tem
a primeira secretaria estadual de educação no país a manter uma
coordenação específica para discutir essas temáticas, com equipe
estruturada, investimento, produção de material e planejamento e
execução de ações de formação em ação.
A nova diretora do Departamento da Diversidade, professora Marli
Peron, reafirmou o compromisso assumido pela Secretaria da Educação do
Paraná com os movimentos sociais e com os sujeitos na implementação da
política de Educação e Diversidade. "O diálogo permanente com os
movimentos sociais é fundamental para o reconhecimento, a valorização
e o respeito aos sujeitos da diversidade, para garantirmos o direito à
educação de qualidade para todas e todos. Assim vamos seguir sendo
referência nacional na política de gênero e diversidade sexual",
afirma ela.
FORMAÇÃO CONTINUADA - A ação da Secretaria da Educação nesta área
também é referência nacional em relação à formação de profissionais da
educação na temática das relações de gênero e diversidade sexual. As
ações formativas, que são propostas por meio do diálogo constante com
os movimentos sociais, promovem a discussão pedagógica sobre o
reconhecimento, a valorização e o respeito aos sujeitos das relações
entre os gêneros e a diversidade sexual.
As ações formativas também são pautadas para discutir a respeito do
preconceito e da discriminação direcionados a travestis e transexuais.
A secretaria orienta todos os estabelecimentos para que todos os casos
de preconceito e discriminação que venham a ocorrer contra pessoas
transexuais e travestis em estabelecimentos públicos estaduais de
ensino sejam registrados na Ouvidoria dos Núcleos Regionais de
Educação ou na Ouvidoria Geral.
DIRETRIZES CURRICULARES - A Secretaria também é responsável por
produzir as primeiras Diretrizes Curriculares Estaduais de Gênero e
Diversidade Sexual do país, que estão disponíveis em versão preliminar
no portal Dia a Dia Educação
(www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_edespecial.pdf).
Trata-se de um material pedagógico que representa um marco histórico
nas discussões e na proposição de políticas públicas educacionais de
Gênero e Diversidade Sexual. Esse documento se constitui em referência
nacional, considerando-se seu ineditismo.
PARA SABER MAIS - Normativas oficiais que instituem e orientam quanto
a utilização do Nome Social.
Instrução Conjunta nº 02/2010 – SUED/SEED/DAE
www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucaoconjunta022010.pdf
Orientação Pedagógica nº 01/2010 - DEDI/SEED
www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/orientacoes/orientacaopedagogica0012010.pdf
Parecer n° 01/2009 - CP/CEE
www.cee.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/Pareceres2009/CP/pa_cp_01_09.pdf
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