segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Secretária recebe representantes de movimentos LGBT

 Secretária Estadual de Educação do Paraná, Dra. Yvelise Arco-Verde, nos recebeu no dia 18 de agosto.

Participaram da reunião Rafaelly Wiest - Aliança - Grupo Dignidade


Carla Amaral - Aliança - Transgrupo Marcela Prado

Léo Ribas - LBL

Toni Reis - GALE/ABGLT

Wagner Roberto Amaral - Chefe do Departamento da Diversidade / SEED

Dayana Brunetto - Coordenadora do  Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual /SEED



A secretária de Estado da Educação, Yvelise Arco-Verde, recebeu nesta quarta-feira (18), em Curitiba, representantes do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) para discutir pautas de ações sobre questões de atendimento a essas comunidades. Na pauta, o Projeto Escola sem Homofobia, o pedido de apoio à criação de uma subcoordenadoria LGBT na Secretaria de Estado da Justiça (SEJU) e a implantação do Conselho Estadual de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos LGBT.



Yvelise considerou oportunas as demandas do movimento e garantiu que as reivindicações devem ser atendidas, dependendo da complexidade de cada uma. “A educação é um direito de todos, independente de religião, raça, orientação sexual ou identidade de gênero. Nesse sentido, é preciso lutar também contra a discriminação e a exclusão dessas comunidades”, ressaltou.



“Buscamos a implantação das propostas definidas para a educação na Conferência Estadual LGBT”, falou Léo Ribas, articuladora estadual da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL). Para ela, a Secretaria de Estado da Educação (SEED) realiza um excelente trabalho ao acolher a discussão de gênero e diversidade sexual. “As ações do SEED são um bom começo para pôr fim a todas as fobias existentes nas escolas em relação ao tema. Ainda temos muito a avançar, mas este é o caminho”, destacou.
 
“Temos pesquisas que indicam que 40% dos adolescentes masculinos não gostariam de estudar com gays, lésbicas ou transexuais nas escolas, isto é muita rejeição, é muito preconceito, deve-se trabalhar como um problema de direitos humanos, de inclusão para a evasão escolar”, comentou Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Para ele, a escola deve ser um local seguro para qualquer ser humano, inclusive para os indivíduos da comunidade LGBT.




No entanto, segundo Toni, o Paraná é um dos Estados mais avançado na questão do respeito à diversidade e aos direitos humanos nas escolas. “Desta forma, a reunião também serviu para parabenizarmos a Secretaria da Educação por todas ações que estão sendo feitas em relação a comunidade LGBT”, afirmou.



MARCO HISTÓRICO – A presidente do Grupo Dignidade, Rafaelly Wiest, lembrou que a reunião é um evento histórico. “É a primeira vez que a Secretaria da Educação recebe lideranças do movimento para uma conversa ampla e produtiva, é um marco para todos porque a educação um direito básico para qualquer indivíduo”, disse.



Ela também destacou que a SEED, desde a criação do Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual (NGDS) – vinculado ao Departamento da Diversidade (Dedi) – em 2008, tem uma atuação “primorosa” nas questões referentes à temática LGBT. “O uso do nome social para as transexuais e travestis nas escolas, a capacitação dos professores sobre temas da diversidade são conquistas que vêm ocorrendo passo a passo. Precisamos garantir que este trabalho continue e se amplie”, disse.
O NGDS atua na diminuição das taxas de evasão escolar relacionada ao preconceito e à discriminação por identidade de gênero ou orientação sexual. É o que acontece, por exemplo, com as travestis e transexuais. “A falta de orientação e entendimento da escola sobre o direito à identidade de gênero para travestis e transexuais favorece que a nossa população se evada muito cedo da escola”, afirmou Carla Amaral, diretora-presidente do Transgrupo Marcela Prado. Para ela, educação é um dos caminhos mais importantes para conseguir uma qualidade de vida melhor e conquistar espaços em igualdade com as outras pessoas.




A diretora-presidente saiu confiante da reunião. “Sentimos uma abertura muito grande na Secretária, a secretária se mostrou sensível e disposta a estar conosco na luta pelo reconhecimento dos direitos da nossa população”, concluiu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário