quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A descriminalização do aborto é rejeitada por 52% dos deputados da futura legislatura (Portal G1)

(Portal G1) No levantamento realizado pelo G1, dos 513 deputados que comporão a Câmara, 414 responderam a pergunta "É favorável à descriminalização do aborto?". Destes, 267disseram "não", 78, "sim", 37, "em termos", e 32 não souberam responder.

Os 267 deputados federais que se declaram contra a descriminalização do aborto representam 52% do total de deputados e 64,4% dos 414 que responderam ao questionário.


Projetos sobre a questão do aborto esperam há 20 anos por apreciação


Alguns projetos propõem a liberação total do aborto, definindo limites de até 90 dias de gestação para a prática; outros regulamentam o aborto apenas para casos de fetos sem cérebro ou com má-formação. Alguns desses projetos aguardam apreciação do plenário desde 1991.


Aborto e política

A legalização do aborto é um tema controverso, que ganhou relevância durante a campanha presidencial de 2010. Durante a campanha, a candidata petista Dilma Rousseff disse que o assunto era uma questão de saúde pública.

Maioria católica (74,6% )


De 414 deputados que responderam o questionário proposto pelo Portal G1, 309 (74,6%) se declararam católicos, e 43, evangélicos. Os parlamentares que se declararam espíritas foram 8. Outros 13 disseram ser cristãos, mas não especificaram se seguem uma religião. Oito disseram não ter religião.


Percentualmente, o número de católicos dentre os que responderam o questionário é próximo ao da média nacional, mas o de evangélicos é menor. De acordo com o Censo de 2000, último dado disponível do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 73,5% dos brasileiros se declaravam católicos, enquanto os evangélicos somavam 15,4% da população.

A pesquisa

O levantamento do Portal G1 teve início em 29 de novembro e foi finalizado em 27 de janeiro. A reportagem conseguiu contato com 446 dos 513 futuros deputados. Desses 446, 414 responderam ao questionário e 32 não quiseram responder. Outros 67 não deram resposta às solicitações.

Em todos os casos, os deputados foram informados de que não teriam suas respostas individualizadas. O levantamento ouviu opiniões a respeito de 13 temas polêmicos.
 



 


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