A Liga Brasileira de Lésbicas - LBL é uma expressão do movimento social que se constitui como espaço autônomo e não institucional de articulação política, anticapitalista, antiracista, não lesbofóbica, não homofóbica e não transfóbica. De âmbito nacional, é uma articulação temática de mulheres lésbicas e bissexuais, pela garantia efetiva e cotidiana da livre orientação e expressão afetivo sexual.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
'Nunca tinha passado por isso', diz lésbica agredida em lanchonete de SP
Mulher agredida em lanchonete da Grande São
Paulo teve escoriações no rosto e dedo
quebrado (Foto: Arquivo pessoal)
A artesã Patrícia Odinéia Garcia, de 32 anos, lanchava na companhia da namorada, de um casal de lésbicas e de um rapaz quando o grupo foi agredido por uma outra mulher e mais dois homens em uma unidade da rede McDonald's, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
A agressão ocorreu no início da madrugada desta segunda-feira (10). Segundo Patrícia, o grupo foi vítima de um ataque homofóbico, pois os agressores gritavam xingamentos como “sapatão” enquanto davam socos e pontapés nas vítimas.
“O homem que estava com a gente não sofreu nada, nenhum arranhão”, relembra Patrícia, enfatizando a suspeita de homofobia. “Eu nunca tinha passado por isso na minha vida. A gente não estava nem se tocando, eu sou muito discreta. Quando via notícias de gays agredidos, achava que era porque eles estavam se abraçando, mas não é assim não. Eu não fazia nenhuma demonstração de carinho. Só estava rindo e brincando”, detalha.
Patrícia conta que, primeiro, uma mulher se aproximou e agrediu uma das homossexuais. Ao tentar impedir a agressão, ela diz que foi empurrada e viu dois homens também começarem a bater.
“Levei um murro e desmaiei. Acordei enquanto ainda apanhava e desmaiei de novo”, relembra a artesã, que teve cortes no rosto e quebrou o dedo mindinho da mão direita.
Segundo o boletim de ocorrência registrado no 1º Distrito Policial de Taboão da Serra, os agressores fugiram em um carro, que teve a placa anotada por testemunhas. Uma das pessoas que presenciaram o crime contou à polícia que ninguém tentou impedir as agressões e que os casais homossexuais não tiveram comportamento inadequado ou provocativo.
A Polícia Civil chegou a ir até a lanchonete logo após as agressões, mas encontrou o lugar limpo e organizado, o que compromete a perícia.
As quatro lésbicas agredidas foram atendidas em um pronto-socorro próximo à lanchonete e acabaram liberadas em seguida. “Eu não entendi nada até agora”, diz Patrícia. “Agora, eu só quero esfriar a cabeça e quero justiça”, finaliza. O caso foi registrado como lesão corporal.
Em nota, o McDonald's afirmou que “repudia qualquer atitude dessa natureza e colaborou com as autoridades na disponibilização de detalhes sobre o fato”.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/01/nunca-tinha-passado-por-isso-diz-lesbica-agredida-em-lanchonete-de-sp.html
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