terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Assembléia Geral da ONU declara 2011 o Ano dos Afrodescendentes

A Assembléia Geral das Nações Unidas em sua 64ª sessão aprovou declarar o ano 2011,  “Ano Internacional dos Afrodescendentes” com o objetivo de fortalecer as medidas nacionais e a cooperação regional e internacional em benefício dos afrodescendentes em relação ao gozo pleno de seus direitos econômicos, culturais, sociais, civis e políticos, sua participação e inclusão em todas as esferas da sociedade e a promoção de um maior respeito e conhecimento da diversidade, sua herança e sua cultura.
A Assembléia Geral encomendou ao Secretário Geral que apresente um relatório que inclua um projeto de programa de atividades para o Ano Internacional dos Afrodescendentes tendo em consideração as opiniões e recomendações dos Estados Membros, do Alto Comissionado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, do Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial, do Grupo de trabalho de Especialistas sobre os Afrodescendentes do Conselho de Direitos Humanos, entre outros.
Resolução aprovada pela Assembleia Geral
[sobre a base do relatório da Terceira Comissão (A/64/439/Add.2 (Part. II))]
64/169. Ano Internacional dos Afrodescendentes
A Assembleia Geral,
Reafirmando a Declaração Universal dos Direitos Humanos1, onde se proclama que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e que toda pessoa tem todos os direitos e liberdades enunciados nela, sem distinção alguma,
Relembrando o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos2, o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais2, a Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial3, a Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher4, a Convenção sobre os Direitos da Criança5, a Convenção Internacional sobre a proteção dos direitos de todos os trabalhadores migratórios e de seus familiares6, a Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 7 e outros instrumentos internacionais pertinentes aos direitos humanos,
Relembrando também as disposições pertinentes contidas nos documentos finais de todas as grandes conferências e cúpulas das Nações Unidas, em particular a Declaração e o Programa de Ação de Viena8 e a Declaração e o Programa de Ação de Durban9,
Relembrando também suas resoluções 62/122, de 17 de dezembro de 2007, 63/5, de 20 de outubro de 2008, e 64/15, de 16 de novembro de 2009, relativas ao monumento permanente e lembrança das vítimas da escravidão e da venda transatlântica de escravos,
1. Proclama o ano que começa em 1 de janeiro de 2011 o Ano Internacional dos Afrodescendentes, com intenção de fortalecer as medidas nacionais e a cooperação regional e internacional em benefício dos afrodescendentes em relação ao gozo pleno de seus direitos econômicos, culturais, sociais, civis e políticos, sua participação e integração em todos os aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais da sociedade, e a promoção de um maior conhecimento e respeito à diversidade de sua herança e sua cultura;
2. Incentiva os Estados Membros, os organismos especializados do sistema das Nações Unidas, no âmbito de seus mandados respectivos e com os recursos existentes, e à sociedade civil para que preparem e definam iniciativas que possam contribuir para o êxito do Ano;
3. Solicita ao Secretário Geral que em seu sexagésimo quinto período de sessões apresente um relatório que inclua um projeto de programa de atividades para o Ano Internacional, tendo em consideração as opiniões e recomendações dos Estados Membros, da Alta Comissionada das Nações Unidas para os Direitos Humanos, do Comitê para a Eliminação da discriminação Racial, do Grupo de Trabalho de Especialistas sobre os Afrodescendentes do Conselho de Direitos Humanos e outros organismos, fundos e programas pertinentes das Nações Unidas, segundo corresponda.
65ª sessão plenária
18 de dezembro de 2009
O FONAPER se alegra por mais esta iniciativa das Nações Unidas em promover a construção da paz, através do reconhecimento de direitos daqueles que são e foram injustiçados, oprimidos ou que sofrem ainda hoje, tantas violações.
Fica a certeza de que esta iniciativa colaborará em muito com o Ensino Religioso, no processo de reconhecimento e respeito às religiosidades de Matriz Africana.


Fonte: CRDHDR

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