Três amigos e eu fomos vítimas de uma cena da mais pura e destilada homofobia. Nunca havia passado por uma situação assim. Estávamos na tarde deste domingo um amigo, uma amiga, meu namorado e eu na fila no hall principal do CCBB Rio para a exposição do Escher.
Conversávamos sobre preços de imóveis no Rio e em Berlim, onde meu amigo está indo fazer um curso de curadoria. Uma mulher, que estava na nossa frente e havia saído da fila para passear com a filha, voltou e, absolutamente do nada, começou a pedir que nos afastássemos dela com um tom absolutamente agressivo. Respondemos apenas ‘calma’. A partir daí, ela começou a disparar agressões “suas bichas escrotas, eu sei que vocês são viados, saiam de perto de mim”, crescendo o tom e passando a gritar em voz alta. “Seus brochas, bichas”, com dedos na cara, repetia sem parar.
Parecia uma pessoa possuída.
Chamamos os seguranças e, ao chegarem, ela começou a se “justificar” dizendo que éramos “bichas nojentas” . Os seguranças pediram calma e ela passou a gritar ainda mais alto. A fila parou para assistir.
Fui instruído pelos seguranças a ligar para o 190. Avisei que estava chamando a polícia e que não a deixaríamos sair enquanto a viatura não chegasse. Ela continuou aos berros “ Eu não gosto mesmo de viado. E aquela garota só pode ser lésbica também para andar com viados".
Com silêncio algumas pessoas mostravam reprovação a ela, inclusive uma senhora que fez uma negativa para ela. Ela foi então para o bar. Outros vieram nos apoiar.
Com silêncio algumas pessoas mostravam reprovação a ela, inclusive uma senhora que fez uma negativa para ela. Ela foi então para o bar. Outros vieram nos apoiar.
A sensação de humilhação só não foi maior porque agimos. Uma segurança negra disse que deveríamos deixar de lado para não perdermos o domingo. Perguntei se a chamassem de “preta escrota” só porque ela estava atrás de alguém na fila, se ela deixaria de lado. Ela concordou.
O número do chamado para o 190 é o 2998486. Ligamos para o 0800 do Rio Sem Homofobia, mas pelo jeito ele não atende celulares.
A segurança Claudete do CCBB disse que afirmaria tudo que viu a louca gritar em público. Temos telefone de três testemunhas que toparam contar o que aconteceu.
Passamos mais de uma hora esperando uma viatura, enquanto isso a cercamos e não deixamos sair. Em um descuido ela foi embora e não conseguimos mais localizá-la.
Você conhece essa louca homofóbica?
Como ela fugiu, queremos encontrar essa louca homofóbica. Olhe bem, conseguimos essa foto dela lá no CCBB. Você a conhece?
Ela deve ter pelo menos 35 anos, toda cheia de tatuagem pequenas pelo braço e pescoço, tem uma filha pequena com a qual mostrava pouca paciência.
Ajude-nos a localizar essa pessoa perturbada e evitar que ela continua agredidos gays.
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